São Marcos

Verbo Pai
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Marcos, ou João Marcos, era filho de Maria e vivia em Jerusalém. Era primo de Barnabé, conforme os relatos bíblicos (Colossenses 4,10b). Este seria hebreu por origem, nascido provavelmente fora da Palestina e de família abastada . Em sua vida houve a presença marcante de São Pedro, que o tratava como seu filho (1 Pedro 5, 13) e certamente o auxiliou na escrita do Evangelho, pois Marcos era tratado como intérprete de Pedro. Além de Pedro, outro grande companheiro de Marcos foi São Paulo, cuja amizade lhe renderia bons frutos.

Conta-nos a tradição que, depois das missões em Chipre e Roma, foi para a Alexandria onde foi martirizado em 74. Em seus próprios escritos temos a narração de seu martírio, pois no dia 24 de abril foi arrastado por pagãos pelas ruas da Alexandria, com cordas amarradas em seu pescoço. No dia seguinte, foi jogado ao cárcere e, não suportando às torturas, veio a morrer.
Em 829 suas relíquias foram levadas de Alexandria para Veneza, cidade da qual é santo padroeiro. Entre os anos de 976 a 1071, foi construída, em sua memória, a estupenda basílica veneziana. São Marcos é representado com um livro e o emblema de um leão.
Marcos é o evangelista do evangelho que leva o nome dele. Foi discípulo de Paulo, conforme a tradição. Teria sido o moço que fugiu das mãos do soldado que prendeu Jesus, deixando a roupa nas mãos dele.

Não é do grupo dos apóstolos, mas seguidor fiel de Jesus Cristo. Como evangelista, recolheu as reflexões de sua comunidade e redigiu o primeiro evangelho escrito.

Leão

Marcos é representado como o leão, segundo a tradição, porque o evangelho dele apresenta, logo no início, João Batista como a voz que soa no deserto, vigorosa, chamando o povo à conversão. O deserto é o lugar do leão com seu rugido potente.

O deserto é também o lugar de recolhimento para se fazer o discernimento entre o que é o que não é de Deus. O povo judeu passou quarenta anos no deserto, entre altos e baixos, para decidir-se a aceitar a proposta de se tornar o povo Deus. Tornar-se povo de Deus foi comprometer-se com o projeto de vida e liberdade para todos. E Deus tornou-se o Deus do povo! O compromisso, pois, é dos dois lados. Deus e o povo são parceiros na aliança.


Ano litúrgico B

A liturgia de nossa Igreja celebra, no espaço de um ano, o mistério de Jesus Cristo e a história da salvação. São, porém, três anos, cada qual iluminado por um dos evangelhos: Mateus (A), Marcos (B) e Lucas (C). Esses evangelhos se revezam a cada ano. São a fonte da reflexão das comunidades durante o chamado Tempo Comum, que estamos vivendo atualmente, no ano litúrgico.

O evangelho de João é usado em tempos fortes como o Tempo Pascal. Este ano é o ano B, com o evangelho de são Marcos.


O Evangelho

Escreveu o Evangelho por volta dos anos 60/70 depois de Cristo, sendo esse o mais antigo dos quatro. Portanto, é um relado muito próximo do tempo dos acontecimentos relacionados com a pessoa de Jesus Cristo. Havia ainda vivas pessoas que haviam participado de tudo. Os membros da comunidade eram testemunhas oculares, estiveram presentes, eram confiáveis. Trata-se de testemunhas vivas.

Catecismo

O evangelho de Marcos foi usado por muito tempo, nas comunidades, como catecismo, na preparação das pessoas para se tornarem cristãs pelo batismo (os catecúmenos).

O evangelho de Marcos tem por objetivo responder a duas perguntas que são fundamentais para alguém tornar-se cristão: quem é Jesus Cristo e quem é o discípulo de Jesus Cristo.

As respostas a essas perguntas essenciais, Marcos vai dando no decorrer do evangelho.

Hoje

Nós, atualmente, no decorrer do ano litúrgico, vamos recordando o assunto do evangelho. A cada domingo, o esquema é praticamente o mesmo. Marcos apresenta quem é Jesus, pelo que ele fala e pelo que faz. No evangelho de Marcos, Jesus ensina muito mais pelo que faz. O que ele faz? Pela prática dos sinais (milagres), Jesus liberta as pessoas das coisas que as oprimem. O aspecto exterior das curas, por exemplo, simboliza o que acontece no interior, pela ação de Jesus. Não é coisa mágica nem remédio, é a ação direta de Jesus Cristo. Durante o correr do ano litúrgico, isso vai ficando muito claro.


O Discípulo

O discípulo é quem aprende as ações e as falas de Jesus. Para quê? Não para esbanjar sabedoria de cor e salteado, mas para falar e fazer o que Jesus falava e fazia. O discípulo torna a sua vida a própria vida de Cristo. É claro que não se trata de repetir o que Jesus falava e fazia. Trata-se de falar e fazer hoje o que Jesus hoje falaria e faria. De acordo com as necessidades de hoje.

Educação Cristã

A celebração litúrgica é muito pedagógica, porque educa as pessoas e as comunidades para se tornarem cada vez mais discípulas que dão testemunho de Jesus Cristo.

Deus abençoe você!!!
Fundador Gleydson do Blog Verbo Pai

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