O namoro é dinâmico como a própria vida das pessoas. Hoje a liberdade é enorme quando se fala desse assunto, o que, aliás, torna-se ocasião para muitos desvirtuamentos em termos de namoro. Coisas que para a geração anterior era impensável, hoje tornou-se comum entre os jovens; por exemplo, viajar juntos sem os pais; dormirem na mesma casa, etc. Se por um lado esta liberação pode até facilitar a maturidade dos jovens namorados, não há como negar que é uma oportunidade imensa para que o relacionamento deles ultrapasse os limites de namorados e precipite a vida sexual.
Por fim, não esqueçamos que o amor é uma relação entre duas pessoas! Só se pode falar de amor se houver reciprocidade. O melhor meio de verificar se existe ou não, é fazer a pergunta (no momento certo e com tato!) àquele ou àquela que é o objeto das minhas ternas afeições!
Saiba que você está diante de uma pessoa que é única (indivÃduo), insubstituÃvel, original, distinta de todos os outros... Alguém já disse que cada pessoa é "uma palavra de Deus que não se repete". Não fomos feitos numa fôrma. No namoro você terá que respeitar essa "individualidade" do outro, para não sufocá-lo. Muitas crises surgem porque ambos não se respeitam como pessoas e únicos. É por isso que as comparações e os padrões rÃgidos podem ser prejudiciais. Você não pode querer que a sua namorada seja igual à quela moça que você conhece e admira; o seu namorado não tem que ser igual ao seu pai... Cada um é um. A liberdade é uma condição essencial da pessoa. Sem liberdade não há pessoa.
O namoro é o tempo da "descoberta", do outro. E isso se faz pelo diálogo, que é o alimento do amor. Há muitos desencontros porque falta o diálogo. Namorar é dialogar! O diálogo é mais do que uma conversa; é um encontro de almas em busca do conhecimento e do crescimento mútuo. Sem um bom diálogo não há um namoro feliz e bonito. É pelo diálogo que o casal seja de namorados ou cônjuges – aprende a se conhecer, ajudam-se mutuamente a corrigir as suas falhas, vencem as dificuldades, cultivam o amor, se aperfeiçoam e se unem cada vez mais. Os namorados que sabem dialogar sabem escolher bem a pessoa adequada, fazendo uma escolha com lucidez e conhecimento maduro. Sem diálogo o casal não cresce, e o namoro não evolui, porque cada um fica trancado e isolado com os seus próprios problemas. Sem ele o casal pode cair na "crise do silêncio", ou apenas trocar palavras vazias, ou ainda, o que é pior, discutir e brigar. Por falta do diálogo, muitas vezes, cada um leva a "sua" vida e ignora o outro; ora, isto não é vida a dois, nem preparação para o casamento.
Precisamos entender que ninguém é perfeito, que todos nós temos limitações e fraquezas. Precisamos caminhar num processo de aceitação de nós mesmos, de nossas limitações e fraquezas, assim como necessitamos aceitar o outro como ele é. A chave de bons relacionamentos está na aceitação do outro como ele realmente é, sem exigir dele uma mudança, a qual, muitas vezes, não conseguimos em nós mesmos.
Victor Frankl afirma que "o amor faz-nos contemplar a imagem de valor de um ser humano". Para ele, o amor autêntico capta o que a pessoa "é" no seu caráter de algo único e na irrepetibilidade e simultaneamente ajuda o outro a se conhecer melhor, alargando os horizontes. O amor autêntico traz em si reciprocidade, por meio do qual cada um se esforça para ser digno do outro e busca vir a ser tal como o outro o vê.
O segredo, portanto, está em procurar pelas riquezas que a pessoa traz em si; aceitar sem exigir mudança do outro, buscando enxergar os acontecimentos por meio do ponto de vista do outro, saindo de si mesmo. É necessário que abramos mão do que trazemos de figura idealizada para que possamos nos encontrar com a riqueza que é o outro.
"Deus vos abençoe!!!"
Fundador Gleydson do Blog Verbo Pai