A Eucaristia é luz

Verbo Pai
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A Eucaristia é luz antes de mais nada porque, em cada Missa, a liturgia da Palavra de Deus precede a liturgia Eucarística, na unidade das duas «mesas» — a da Palavra e a do Pão. Esta continuidade transparece já no discurso eucarístico do Evangelho de João, quando o anúncio de Jesus passa da apresentação fundamental do seu mistério à ilustração da dimensão eucarística propriamente dita: «A minha carne é, em verdade, uma comida e o meu sangue é, em verdade, uma bebida» (Jo 6,55). 

Sabemos que foi esta dimensão que fez entrar em crise grande parte dos ouvintes, induzindo Pedro a fazer-se porta-voz da fé dos outros Apóstolos e da Igreja de todos os tempos: «Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6,68). Na narração dos discípulos de Emaús, o próprio Cristo intervém para mostrar, «começando por Moisés e seguindo por todos os profetas», como «todas as Escrituras» conduzem ao mistério da sua pessoa (cf. Lc 24,27). As suas palavras fazem «arder» os corações dos discípulos, tiram-nos da obscuridade da tristeza e do desânimo, suscitam neles o desejo de permanecer com Ele: «Fica connosco, Senhor» (cf. Lc 24,29). (Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine do Sumo Pontífice João Paulo II, 2004)

A Eucaristia não é expressão de comunhão apenas na vida da Igreja; é também projecto de solidariedade em prol da humanidade inteira. A Igreja renova continuamente na celebração eucarística a sua consciência de ser «sinal e instrumento» não só da íntima união com Deus mas também da unidade de todo o género humano.(25) Cada Missa, mesmo quando é celebrada sem assistência ou numa remota região da terra, possui sempre o sinal da universalidade. O cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida. A imagem lacerada do nosso mundo, que começou o novo milénio com o espectro do terrorismo e a tragédia da guerra, desafia ainda mais fortemente os cristãos a viverem a Eucaristia como uma grande escola de paz, onde se formem homens e mulheres que, a vários níveis de responsabilidade na vida social, cultural, política, se fazem tecedores de diálogo e de comunhão. (Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine do Sumo Pontífice João Paulo II, 2004)

"Deus vos abençoe!!!"
Fundador Gleydson do Blog Verbo Pai

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