Como reza a Liturgia de hoje, a Igreja tem "a
alegria de celebrar, numa única festa, os méritos e a glória de todos os
Santos" (Oração da Colecta): não apenas daqueles que ela
proclamou ao longo dos séculos, mas também dos inúmeros homens e mulheres
cuja santidade, escondida neste mundo, é bem conhecida de Deus e resplandece no
seu Reino eterno.
No clima espiritual da comunhão dos Santos, é-me grato
recordar os nove Irmãos e Irmãs que foram canonizados durante o último ano:
Afonso de Orozco, Inácio de Santhiá, Umile de Bisgnano, Paulina do Coração
Agonizante de Jesus, Benedita Cambiagio Frassinello, Pio de Pietrelcina, Pedro
de São José Betancur, João Diogo de Guadalupe
e José Maria Escrivá de Balaguer.
Pensando nestas luminosas testemunhas do Evangelho, damos
graças a Deus, "fonte de toda a santidade", por os ter concedido Ã
Igreja e ao mundo. Através do seu exemplo, eles mostram que "todos os fiéis
como ensina o ConcÃlio são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição
da caridade" (Lumen gentium, 40), tendendo para a "medida
alta" da vida cristã ordinária (cf. Carta Apostólica Novomillennio ineunte, 31).
A solenidade do dia de hoje convida-nos a dirigir o
olhar para o Céu, meta da nossa peregrinação terrestre. É ali que nos espera
a comunidade dos Santos. É ali que nos encontraremos de novo com os nossos
queridos defuntos, pelos quais se deverá elevar a oração na grande comemoração
litúrgica do dia de amanhã.
Nestes dias, os fiéis cristãos e as famÃlias vão aos
cemitérios, onde jazem os restos mortais dos seus parentes, na expectativa da
ressurreição final. Também eu retorno espiritualmente aos túmulos dos meus
entes queridos, onde tive a ocasião de me deter recentemente, durante a minha
viagem apostólica a Cracóvia.
Porém, o dia 2 de Novembro exige que não esqueçamos,
aliás, num certo sentido, privilegiemos na oração as almas de muitos defuntos
que ninguém recorda, para os confiar ao abraço da Misericórdia divina. Penso,
de maneira particular, naqueles que, durante o ano passado, deixaram este mundo.
Rezo sobretudo pelas vÃtimas dos acontecimentos sangrentos que, nos meses
passados e também nestes dias, continuaram a afligir a humanidade. A comemoração
de todos os defuntos não pode deixar de ser uma invocação de paz conjunta:
paz para quem já viveu, paz para quem vive e paz para quem há-de viver.
Na glória do ParaÃso resplandece a Virgem Maria, que
Cristo coroou como Rainha dos Anjos e dos Santos. É para Ela, "sinal de
esperança segura e de consolação" (Lumen gentium, 68), que olha a
Igreja peregrina, desejosa de se reunir à Igreja do triunfo, na Pátria
celestial. A Maria SantÃssima confiamos todos os
defuntos, a fim de que lhes seja concedida a bem-aventurança eterna.
Fonte: Vaticano.va
"Deus vos abençoe!!!"
Fundador Gleydson do Blog Verbo Pai
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