Está chegando mais um carnaval, tempo que para muitos se transformou em liberação de todos os instintos, busca frenética da alegria e do prazer.
Mas o prazer ilícito, quando passa, deixa gosto de morte. A distorção da alegria nessa festa pode se transformar em sofrimento para a própria pessoa e para os outros, porque sabemos que o salário do pecado é a morte (cf. Rm 6,23).
Não pense que você pode ser feliz no pecado, porque isso é ilusão. A tentação nos oferece o pecado, assim como uma maçã caramelada, mas envenenada. É mais ou menos como o terrível anzol que o peixe abocanha, porque está escondido dentro da isca. Depois de abocanhar a isca, de sentir o prazer rápido que ela lhe dá, o peixe sente o gosto da morte no anzol que o fisga.
O mesmo acontece com quem se entrega, no carnaval, aos prazeres da carne como o sexo a qualquer custo, a prática da homossexualidade, o uso das drogas, o abuso da bebida e os gestos de violência. O que tudo isso gera depois? Sabor de morte. Depois que rapidamente tudo isso passa, vem o vazio e a tristeza.
Temos visto um espetáculo deprimente nos últimos carnavais: as próprias autoridades, querendo impedir a Aids, acabam fomentando o pecado. Os governos da união e dos estados distribuem amplamente a famigerada camisinha para que os foliões brinquem, gozem, mas sem o perigo de se contaminarem. Preserva-se o corpo, mas se mata a alma; defende-se o prazer e a orgia, mas se afunda a moral, lança-se o povo nos antigos bacanais gregos. Ora, o correto é ensinar os jovens a viver o sexo no lugar certo, no casamento, e não os estimular fora de hora.
Será que não temos algo melhor para dar aos nossos jovens e a nosso povo? Quantas crianças são geradas nas relações sexuais que acontecem nos carnavais! O que acontece depois? Algumas dessas podem ser abortadas; outras se tornam filhos de uma mãe que vai criar e educar o filho sozinha. Isso não é justo, porque toda criança que vem a este mundo tem o direito de ter um pai, uma mãe, de um lar, de ser amada e desejada; e não ser apenas o fruto de uma transa tresloucada.
O mal é o abuso daquilo que é bom. Se nós abusamos do bem, da comida, da bebida, do sexo fora do casamento, tudo isso se tornará um mal e trará consequências negativas; isso não é uma alegria autêntica. O sexo é lindo dentro do plano de Deus, mas se o tirarmos de dentro do plano divino, ele poderá ser causa de tristeza, adultério e doenças.
Os dias de carnaval nos oferecem grandes oportunidades para pecar, tanto nas ruas como na televisão, na internet e nos clubes. Mas não é nisso que reside a verdadeira alegria, esta pode ser encontrada no convívio saudável do lar com os filhos, na igreja, na leitura de bons livros e da Palavra de Deus, num tempo mais dedicado à oração, no ouvir uma boa pregação, num gesto de caridade a uma pessoa que precisa de você.
Neste Carnaval e tempo de voltar para o Senhor!
"Deus vos abençoe!!!"
Fundador Gleydson do Blog Verbo Pai