O que é o perdão? É esquecer uma mágoa? Perdoar é esquecer? Isso complica um bocado as coisas! Tomo como exemplo uma pequena cicatriz que adquiri há vários anos, a qual se formou num incidente que tive na infância, a quase quatro décadas. Ela não dói, não me incomoda, mas, por vezes, passo minha mão sobre ela e percebo que ela existe; então, recordo-me do incidente.
A questão não é lembrar ou não lembrar, mas como você se sente ao lembrar-se daquilo. No exemplo da pequena cicatriz, você revive toda dor do acidente quando a toca? Ela é um processo que já concluiu a sua cicatrização ou uma ferida aberta?
Jesus veio nos dar o remédio para fecharmos nossas feridas: o perdão. Não pensamos a respeito disso, mas, constantemente, pecamos; e, constantemente, isso nos separa do amor de Deus. Ele, no entanto, usa de Sua misericórdia para nos perdoar.
Pedro, um dos discípulos de Jesus, não era um homem acostumado a perdoar. Ele era um homem de negócios, acostumado a cobrar. Quando Jesus lhe falou de perdão, ele quis imaginar o perdão com limites, delimitando até onde ele achava razoável, matematicamente falando. Jesus, contudo, não falou de perdão com limites, pois, na matemática d’Ele, o amor é infindável.
Jesus nos apresenta o perdão como um dom, e dons não se vendem, não têm limites; ao contrário, são oferecidos por completo e sem custo, não pela metade. Mas nós gostamos de fazer pelos outros aquilo que não desejamos para nós mesmos, queremos o perdão completo de Deus, mas ao nosso próximo oferecemos apenas um perdão parcial.
Jesus nos convida a não só entender o que é o perdão, mas o viver. Se assim fizermos, seremos curados. Sem nos desprender da forma de pensar natural, não hospedaremos dignamente o Espírito Santo. Só num coração curado pelo perdão o Espírito Santo pode operar em plenitude e nos curar.
"Deus vos abençoe!!!"
Fundador Gleydson do Blog Verbo Pai
